Um petisco une o diversificado tecido da Índia… o onipresente samosa. Esta massa triangular do tamanho da palma da mão, frita até ficar crocante e dourada, pode ser encontrada amontoadas em barracas de rua por todo o país. Seja desfrutada com uma xícara de chá, acompanhada de jalebi doce, devorada como uma mini refeição ao meio-dia, ou servida como canapés em festas, o samosa é uma escolha atemporal amada por todos.
Curiosamente, a jornada do samosa começou a milhares de quilômetros de distância nos antigos impérios do planalto iraniano. Comerciantes do Oriente Médio, especialmente da Pérsia, trouxeram a forma mais antiga do samosa, conhecida como samsa, para a Índia por volta do século X. De um alimento básico rico em calorias apreciado por pastores a uma iguaria adornada com frutas e nozes para os poderosos tribunais gaznavídas, o samosa continuou a evoluir e a se transformar seguindo as rotas de migração para a Índia.
O tempero com sal deu lugar a especiarias como coentro, pimenta, sementes de alcarávia e gengibre, e legumes foram adicionados para substituir a carne. No século XVI, houve outra reviravolta na história quando os comerciantes portugueses introduziram batatas e pimentas verdes na Índia. Foi então que nasceu o samosa moderno recheado de batata.
Símbolo de inventividade e diversidade culinária, o samosa incorpora a essência da rica e heterogênea cultura da Índia. Então, da próxima vez que der uma mordida em um samosa, lembre-se da incrível jornada que ele percorreu para se tornar o petisco querido que é hoje.